O Dia Internacional da Língua Portuguesa, comemorado em 5 de maio, será celebrado com três dias de educação e cultura na Estação da Luz, em São Paulo. A programação cultural, gratuita e aberta ao público, de 3 a 5 de maio, parte da pergunta “Qual é a sua língua portuguesa?” para percorrer a riqueza de sotaques e influências deste idioma: elo que ao mesmo tempo une e torna singulares os 9 países onde a língua portuguesa é falada (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste). A iniciativa é parte das ações culturais e educativas do Museu da Língua Portuguesa, atualmente em reconstrução.
A iniciativa, realizada pela primeira vez em 2017, vai reunir shows de música, apresentação de ‘slam’ (poesia falada), exposições, contação de histórias e oficinas (ver agenda completa abaixo), que unem tecnologia e múltiplas linguagens artísticas.
Sob os temas “Escritoras contam a história da língua portuguesa”, “A palavra como imagem”, “Poesia falada” e “O som das palavras”, a programação inclui, por exemplo, um show da cantora e percussionista moçambicana Lenna Bahule e uma performance da dupla de artistas audiovisuais VJ Suave, em que triciclos adaptados serão utilizados para projeções nas paredes da estação. Já a atriz Andi Rubinstein vai contar histórias de mulheres escritoras de Moçambique, do Brasil e Portugal. Nessa mistura, o sarau de slammers, com curadoria da artista Roberta Estrela D’Alva, traz os sotaques das periferias, enquanto o show do grupo de rappers indígenas Bro MC’s une português e guarani.
A celebração do Dia Internacional da Língua Portuguesa é uma realização da Fundação Roberto Marinho e do Governo do Estado de São Paulo, com apoio da EDP, Grupo Globo e Itaú Cultural.
“A realização deste tipo de atividade, aberta ao público e em lugar tão importante para a identidade do paulista como a Estação da Luz, é uma forma de mantermos viva a alma do Museu da Língua Portuguesa, conhecido por ser um espaço de interatividade e pluralidade. Esta programação, seguindo o sucesso da edição de 2017, só reforça a ideia de celebração de nossa cultura e de nossa língua, que se reinventa e se renova a cada dia”, afirma Romildo Campello, secretário da Cultura do Estado de São Paulo.
Para Hugo Barreto, secretário-geral da Fundação Roberto Marinho, “comemorar o Dia Internacional da Língua Portuguesa, com uma programação diversa e gratuita na Estação da Luz, é celebrar a dinâmica e a pluralidade que constroem o nosso idioma”. “Faz parte da nossa essência e da missão do Museu da Língua Portuguesa compartilhar experiências, dialogar com os diversos públicos e promover ações educativas com professores, estudantes e todos que residem ou passam pela Luz todos os dias”, afirma Hugo.
“A promoção do nosso idioma é um dos pilares fundamentais da atuação sociocultural da EDP no País. Ela ganhou uma nova dimensão em 2016, com o Patrocínio Máster da reconstrução do Museu da Língua Portuguesa, uma ação que reflete nossa visão de que a língua que nos une é um patrimônio a ser preservado e valorizado”, afirma Miguel Setas, presidente da EDP no Brasil.
“Esta iniciativa do Museu da Língua Portuguesa tem força positiva e simbólica na medida em que celebra uma data de união entre todos os falantes do português, mas também ao mesclar expressões artísticas diversas e sotaques falados nos diferentes países de expressão portuguesa”, observa o diretor do Itaú Cultural, Eduardo Saron. “Em um país onde o número de leitores é baixíssimo, como também a quantidade de livros publicados, é importante ter mais brasileiros lendo e mais brasileiros lendo mais. Conhecendo bem o idioma e sua história, isso se torna mais possível. Por isso apoiamos todas as iniciativas que corroboram e motivam as pessoas nesse sentido, como o Museu e o Oceanos – Prêmio Internacional de Literatura Portuguesa, que abrange todas as obras originárias de Portugal, Brasil e dos países da África que se expressam na língua portuguesa”, conclui.
Imagens da reconstrução
No primeiro dia da programação cultural, 3 de maio, será inaugurada a exposição “Imagens da Reconstrução”, com fotografias de Tuca Reinés e Beto Guimarães que retratam a restauração das fachadas e esquadrias do Museu da Língua Portuguesa.
No saguão da Estação, serão apresentadas informações sobre os países de língua portuguesa. Outro destaque da celebração do Dia Internacional da Língua Portuguesa são as oficinas de montagem de maquetes da Estação da Luz, em que o público poderá refletir sobre a reconstrução do edifício e a preservação do patrimônio histórico e construir maquetes em papel da Estação.
A Língua Portuguesa é uma das mais faladas do mundo, com mais de 260 milhões de falantes em todos os continentes. O Museu da Língua Portuguesa é uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado da Cultura, concebido e realizado em parceria com a Fundação Roberto Marinho. Tem como patrocinador máster a EDP, patrocinadores Grupo Globo, Grupo Itaú e Sabesp e apoio do Governo Federal, por meio da Lei Federal de Incentivo à cultura. O IDBrasil é a organização social responsável pela gestão do Museu.
SERVIÇO
Dia Internacional da Língua Portuguesa
3, 4 e 5 de maio de 2018
Estação da Luz (Praça da Luz, 1)
Grátis
PROGRAMAÇÃO COMPLETA
DIA 3, QUINTA-FEIRA
10h – Oficina de construção e customização de maquetes
A partir da construção de maquetes da Estação da Luz, a oficina valoriza a apropriação do patrimônio, incentivando a sua preservação.
12h – Literatura – Narração de história
A atriz e contadora de histórias Andi Rubinstein narra obras de três escritoras de língua portuguesa
Andi Rubinstein
14h – Oficina: A palavra como imagem
A oficina se dedica a refletir artisticamente e poeticamente o cotidiano urbano, criando produtos visuais que unem imagem e palavra com técnicas gráficas como estêncil, carimbo e xilogravura aplicadas em papel ou tecido.
17h – Poesia Falada – Zap!Slam – Zona Autônoma da Palavra
Roberta Estrela D’Alva e o Núcleo Bartolomeu de Depoimentos trazem poetas convidados para uma eletrizante batalha de poesia falada.
Roberta Estrela dAlva – Foto: Marcus Steinmeye
Artes Visuais – Projeções: Suaveciclo – VJ Suave
Suaveciclo é uma performance que utiliza triciclos audiovisuais adaptados com projetor, computador, caixas de som e baterias. Eles são usados como suporte para que personagens ganhem vida e percorram o espaço aberto, iluminando as paredes em grande escala.
Suaveciclo – Foto: VJ Suave
18h – O som das palavras – Show: Lenna Bahule e João Taubkin
Lenna Bahule (voz/ percussão) João Taubkin (voz/baixo) apresentam show com repertório essencialmente autoral, que através da música constrói uma ponte imaginária entre dois países irmãos: Brasil e Moçambique.
Taubkin & Bahule – Foto: Marina Decourt
DIA 4, SEXTA-FEIRA
10h – Oficina de construção e customização de maquetes
A partir da construção de maquetes da Estação da Luz, a oficina valoriza a apropriação do patrimônio, incentivando a sua preservação.
12h – Literatura – Narração de história
A atriz e contadora de histórias Andi Rubinstein narra obras de três escritoras de língua portuguesa.
14h – Oficina: A palavra como imagem
A oficina se dedica a refletir artisticamente e poeticamente o cotidiano urbano, criando produtos visuais que unem imagem e palavra com técnicas gráficas como stencil, carimbo e xilogravura aplicadas em papel ou tecido.
17h – Disco Aula – DJ Eugênio Lima
Em sua disco-aula, Eugênio Lima convida para uma viagem musical através do hip hop, trazendo um panorama da produção e suas influências.
DJ Eugênio Lima – Foto: Sérgio Silva
18h – O som das palavras – Show: Bro MC’s
Primeiro grupo de rap indígena, com composições que misturam português e guarani.
Bro MCs
DIA 5, SÁBADO
10h – Oficina de construção e customização de maquetes
A partir da construção de maquetes da Estação da Luz, a oficina valoriza a apropriação do patrimônio, incentivando a sua preservação.
12h – Literatura – Narração de história
A atriz e contadora de histórias Andi Rubinstein narra obras de três escritoras de língua portuguesa.
13h – O som das palavras – Show: Peneira e Sonhador
Os repentistas Peneira e Sonhador são vistos diariamente no centro de São Paulo em grandes rodas de curiosos e transeuntes, atraídos pelos seus versos ligeiros e provocadores. São 20 anos de exercício poético pelas ruas alimentando a tradição oral da literatura de cordel.