Gilberto Freyre – Intérprete do Brasil foi a mostra do Museu da Língua Portuguesa em homenagem ao escritor e cientista político.
Nascido em 1900, no Recife, Freyre foi um dos precursores do conceito de patrimônio imaterial.
Estudou Ciências Sociais e Artes nos Estados Unidos, mas mantinha uma ligação muito forte com Pernambuco. Em especial, pelas cidades de Olinda e Recife.
A exposição contava com múltiplas linguagens. Entre elas, estavam palavras, imagens, desenhos, fotografias e documentos que revelavam a importância do escritor na análise da sociedade brasileira.
Tendo Júlia Peregrino como curadora e cenografia de André Cortez, a mostra contava, também, com 27 quadros feitos por Gilberto Freyre e que revelavam um dom pouco conhecido do escritor: a pintura. Entre os muitos temas retratados, estão religiosidade e a vida no engenho.
Surpresa para muitos, a exposição exibiu o primeiro desenho de Gilberto Freyre: um frade feito a lápis quando o escritor tinha apenas seis anos de idade.
Além dos quadros, a mostra revelava, também, objetos de pesquisa inéditos para produção de alguns de seus livros, como Casa Grande & Senzala, Ordem e Progresso e Açúcar.
Referência nos anos 40 e 50, Freyre foi intensamente criticado por acadêmicos e intelectuais nas décadas de 60 e 70.
A mostra foi uma oportunidade de aproximar os mais jovens de sua fascinante obra de vida.