Criada com materiais simples de construção, como tijolos, areia, água e madeira, a exposição levava o visitante ao sertão da obra de Guimarães Rosa. A mostra reproduzia o percurso feito por algumas das personagens, como Riobaldo, Zé Rebelo, Joca Ramiro, Ricardão, Hermógenes e da personagem principal, Diadorim, que, por conta de certos fatos da vida, começa a se passar por homem.
Pela voz de Maria Bethânia, era possível ouvir e apreciar trechos da obra em um espaço que contava com telas que continham a palavra “NONADA”, criada por Guimarães e que simboliza toda a força da narrativa.
Por aproximadamente um ano, a interatividade da exposição permitia a leitura de trechos da obra por meio de painéis suspensos e algumas reproduções de rascunhos datilografados pelo próprio autor e corrigidos, por ele, a mão.
A mostra foi concebida por Bia Lessa, arquiteta, cenógrafa e diretora teatral, e contou com a direção de arte de Marcos Sachs. A pesquisa de textos e legendas foi de Mônica Gama e Vitor Borysow, consultoria de Marily Bezerra e colaborações de Anna Mariani, Antonio Candido e José Mindlin. A iniciativa foi da Fundação Roberto Marinho que, por meio desse projeto, marcou a inauguração do Museu.