Encontro, marcado para acontecer no dia 22 de outubro, dialoga com Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação, a nova mostra temporária da instituição, que fala sobre as línguas e culturas dos povos originários no Brasil
Ao longo dos próximos meses, o Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, vai promover uma série de eventos que dialogam com sua nova mostra temporária, Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação, inaugurada no dia 12 de outubro. Com curadoria de Daiara Tukano, artista, ativista, educadora e comunicadora indígena, a exposição aborda as línguas e culturas dos povos originários no Brasil.
Neste sábado, das 10h às 12h30, acontece a roda de conversa Reconhecer para transformar: indígenas em espaços urbanos e o desafio da preservação das línguas. A atividade é organizada pelo Centro de Referência do Museu da Língua Portuguesa, no âmbito do projeto Lab_Língua Portuguesa, e voltada para professores e profissionais de educação. A atividade é gratuita e oferece certificado de participação. Para participar é necessário inscrever-se pela Sympla (apenas 30 vagas – esgotado).
Esta atividade pretende abordar as vivências indígenas no campo da educação formal e na luta pela perpetuação de seus ensinamentos ancestrais e de suas línguas dentro das complexidades encontradas no contexto urbano pelas comunidades que lidam com esta realidade. Vale ressaltar que as grandes cidades do país recebem, cada vez mais, migrantes indígenas, que chegam a esses locais em busca de acesso aos serviços de educação e saúde e a outras oportunidades não encontradas nas terras indígenas.
O mapa População Indígena e Terras Reconhecidas no Brasil, produzido exclusivamente para a mostra Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação, oferece uma dimensão da quantidade de indígenas que residem em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Dessa forma, vai na contramão do senso comum que acredita que a maior parte da população indígena viva na Amazônia, por exemplo.
A roda de conversa Reconhecer para transformar será dividida em dois momentos: no primeiro, haverá uma visita à mostra Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação. Em seguida, ocorrerá uma roda de conversa com as presenças do ativista e professor Anthony Karai Poty, integrante do coletivo e liderança da aldeia Pyau, na Terra Indígena do Jaraguá; do guarani Emerson Oliveira, professor de sociologia e assessor do Núcleo de Educação Étnico Racial da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo; e da contadora de histórias e pedagoga Ciça Veiga, mestre em Línguas Indígenas e doutoranda em Etnologia Indígena. A mediação da conversa será de Eva Aparecida dos Santos, assessora do Núcleo Técnico do Currículo do NEER (Núcleo de Educação Étnico Racial) da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo).
A conversa pretende abordar de que maneira as escolas podem operar como um sistema mais amplo de educação e valorização das diversas culturas na sociedade. Ainda mais levando em conta o fato de que o contato entre indígenas e não-indígenas evidencia tensionamentos de diversas esferas, consequências direta do desconhecimento das múltiplas culturas dos povos originários e de suas línguas maternas.
A exposição temporária Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação conta com a articulação e o patrocínio máster do Instituto Cultural Vale, o patrocínio do Grupo Volvo e da Petrobras e o apoio de Mattos Filho – todos por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Conta, ainda, com a cooperação da UNESCO – no contexto da Década Internacional das Línguas Indígenas – e das seguintes instituições: Instituto Socioambiental, Museu da Arqueologia e Etnologia da USP, Museu do Índio da Funai e Museu Paraense Emílio Goeldi.
SERVIÇO
Roda de Conversa “Reconhecer para transformar: indígenas em espaços urbanos e o desafio da preservação das línguas”
Dia 22 de outubro (sábado), das 10h às 12h30
Grátis (30 vagas – esgotado)
Inscrição via Sympla
Exposição temporária Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação
De 12 de outubro de 2022 a 23 de abril de 2023
De terça a domingo, das 9h às 16h30 (permanência até as 18h)
R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)
Grátis para crianças até 7 anos
Grátis aos sábados
Acesso pelo Portão A
Venda de ingressos na bilheteria ou pela internet