Museu da Língua Portuguesa participou da 15ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) com exposição inspirada na Praça da Língua, mesas de debate, oficina e apresentações artísticas.
Período: 26/7/2017 – 30/7/2017
O Museu da Língua Portuguesa levou para a 15ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) programação especial com exposição, rodas de conversa, oficina literária e apresentações artísticas. As atividades foram realizadas na Casa de Cultura, no centro histórico de Paraty, gratuitas e abertas ao público em geral.
O Museu da Língua Portuguesa na Flip foi uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa; da Fundação Roberto Marinho, da EDP e do Grupo Globo.
No Salão Nobre da Casa da Cultura de Paraty, uma instalação audiovisual recriou a experiência-símbolo do Museu: a Praça da Língua, espécie de “planetário do idioma” que homenageia a língua escrita, falada e cantada, em um espetáculo de som e luz. A experiência recuperou extratos do áudio original do Museu, criada com curadoria de Arthur Nestrovski e José Miguel Wisnik, com trechos clássicos da poesia, prosa e música produzidas em língua portuguesa e interpretados por nomes como Maria Bethânia e Matheus Nachtergaele. A exposição também mostrou os avanços na restauração do museu, atingido por um incêndio em dezembro de 2015.
Literatura, língua portuguesa, as identidades na comunidade lusófona e a cultura da região de Paraty se uniram na programação do Museu da Língua Portuguesa na Flip. A programação literária, com mesas-redondas e oficina, foi realizada em parceria com a Revista Pessoa – publicação voltada para a produção literária de língua portuguesa – com autores, editores, jornalistas e livreiro brasileiros e portugueses.
Programação do Museu da Língua Portuguesa na Flip
Exposição Praça da Língua – Instalação audiovisual que recria a experiência-símbolo do Museu da Língua Portuguesa, Uma espécie de “planetário da língua”, onde o universo da palavra é reverenciado em um espetáculo de som e luz que apresenta joias do idioma escrito, falado e cantado, em uma sequência de peças de canto e literatura das diversas regiões do Brasil e dos países lusófonos.
Oficina – Ortografia também é gente – Linguagem, língua e tecnologia. A oficina mostrou como trabalhar a palavra, compreender seus usos e seus sentidos na era digital. Ministrada por Ana Elisa Ribeiro.
Mesa literária: Que o mar unisse, já não separasse – A busca de um sentido para a lusofonia, com seus pontos de contato e suas fricções. Diferenças que unem ou separam? Uma perspectiva histórica sobre a língua portuguesa e uma reflexão sobre o seu futuro e seu lugar no mundo. Com quais instrumentos fazer avançar esse mar? Com Alison Entrekin, Ana Elisa Ribeiro, Luciana Araújo Marques e José Pinho. Mediação: Leonardo Tonus (coordenador dos Estudos Lusófonos da Sorbonne)
Mesa “Sentir é criar” – Por meio do sensacionismo, movimento criado por Fernando Pessoa, o debatedor buscou entender como uma “análise intelectual do sentimento” pode ajudar a compreender os mecanismos que engendram os fantasmas da contemporaneidade, como o medo e o ódio. A literatura, em sua plenitude estética, como potência criadora e política.Com intervenção de leitura performática da obra de Fernando Pessoa e dos autores convidados da mesa. Com Maria Esther Maciel, Bruna Beber, Ricardo Aleixo e António Carlos Cortez. Mediação: João Gabriel de Lima (Revista Época).
Apresentações musicais – Esquina do Rap, que promove a cultura hip hop em Paraty estimulando a liberdade de expressão e a cultura; Jongo do Quilombo do Campinho da Independência, comunidade afro-rural da região que mantém casa da artesanato, restaurante, incentiva a agroecologia e promove momentos culturais; Os Caiçaras, grupo de ciranda que surgiu em 1993, em uma brincadeira entre irmãos e amigos na festa do Divino; Coral indígena Guarani da Aldeia Itaxi, grupo infantil que recupera instrumentos antigos e a cultura musical ancestral da etnia Guarani.