Transcrição do vídeo
O Dia Internacional da Língua Portuguesa apresentou pra gente uma oportunidade de trazer o Museu da Língua de volta a esse contato direto com o público.
Depois do incêndio, que ocorreu em 2015, a gente teve a sede fechada, e a gente manteve apenas o contato nas redes sociais, o site, enfim, e tava faltando essa interação com o público.
“E aí, sangra minh’alma.
Sangra minh’alma!
Minha alma sangra!
Sangra minh’alma!”
Se eu quiser conversar com alguém, como nós estamos conversando, eu preciso da língua. Pensar, eu penso através do meu idioma. O se divertir, o ouvir uma música, tudo isso passa pela língua.
Isso é a língua portuguesa. É uma parte e uma porção enorme da nossa cultura.
Lembro-me, aqui na Estação da Luz. Eu era jovem, com 15 ou 16 anos, e morava em Santana. Há 55 anos atrás.
Onde eu nasci, passo todo dia. Muitas pessoas diferentes. Onde aprendi a ser um cidadão.
Eu acredito que, mesmo correndo, todo mundo para pra ler, e alguma mensagem aqui é importante a gente estar lendo, não é? Você saber o pensamento de uma pessoa comum. Não é? O dia a dia de uma pessoa comum. Todo mundo tem alguma coisa do coração pra transmitir, escrever num pedacinho de papel e deixar.
Saiu pela minha boca, entrou pelos seus ouvidos. Se for do seu desejo, leve a palavra consigo.