Com a marca de mais de 5 mil visitantes em Tatuí, a exposição itinerante Estação da Língua Portuguesa, que leva na bagagem acervos do museu (atualmente em reconstrução), segue viagem por São Paulo e faz sua segunda parada em Santos, onde ficará em cartaz de 6 de abril a 6 de maio, no Museu do Café (Rua XV de Novembro, 95 – Centro Histórico).
A realização é do Ministério da Cultura, do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, e da Arquiprom, proponente e produtora do projeto. O patrocínio é da CCR, Instituto CCR, Vivo, Sabesp, EDENRED Brasil e Ticket marca do Grupo, todos por meio da Lei Rouanet. O apoio na segunda cidade da itinerância é da Prefeitura de Santos.
“Quem visitar a Estação da Língua Portuguesa viverá um pouco da rica experiência do Museu da Língua Portuguesa, que apresenta um dos nossos maiores patrimônios: o idioma português”, afirma o Secretário da Cultura do Estado, José Luiz Penna.
“O Totem, com painéis que apresentam uma prévia do conteúdo, o segmento O que nos une e o espaço Mundo Lusófono foram especialmente pensados e produzidos para a itinerância. E a mostra também traz a acessibilidade em seu conteúdo. O Mapa do Mundo conta com informações sobre os países que falam português, em braile; os Vídeos Culinária e Dança têm tradução em Libras; e a Linha do Tempo e os Falares Paulistas podem ser traduzidos em Libras com o auxílio de tablets” explica o arquiteto e sócio da Arquiprom, Fernando Arouca.
A exposição gratuita e ampliada ficará em cartaz de terça a sábado, das 9h às 18h, e aos domingos, das 10h às 18h. Depois de passar por Tatuí e Santos, a Estação da Língua Portuguesa viaja para Rio Claro, Taubaté, São Carlos e Bauru, cidades do estado de São Paulo que também receberão a mostra até dezembro de 2018.
A Estação da Língua Portuguesa
A itinerância traz na bagagem conteúdos inéditos, que conversam com a museologia contemporânea e com a rica expografia de sons e imagens do Museu da Língua Portuguesa, que apresenta a língua portuguesa como patrimônios imaterial, viva e dinâmica, além de conteúdos já conhecidos pelo público.
Na área externa, a Torre Estação da Língua Portuguesa dá boas-vindas aos visitantes. Em As Origens, uma instalação cenográfica remete à ideia de estação ferroviária e de viagem de trem. Versos de Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade e Arnaldo Antunes, iluminados com LED em um painel metálico, convidam o público a entrar na exposição.
A viagem do idioma começa com um vídeo animação que mostra a formação da língua portuguesa e as rotas marítimas dos portugueses, que levaram o idioma para outras terras. Animação, narração e trilha sonora foram criadas especialmente para a mostra Estação da Língua Portuguesa.
O vídeo Sotaques, com texto “O Paraíso são os outros”, de Valter Hugo Mãe, realizado pela Porto Editora e Miguel Gonçalves Mendes, com diferentes sotaques da língua portuguesa no mundo, abre o módulo O que nos une – ala composta por um painel interativo giratório, que apresenta dados dos países que fazem parte da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). São eles Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
O Desembarque reproduz a Linha do Tempo do Museu da Língua Portuguesa com a construção do idioma no Brasil, desde a chegada dos portugueses e o primeiro contato com as línguas indígenas, até os dias de hoje. Como novidade apresentada nessa viagem, ela está atualizada trazendo mais uma década em que relembra o novo acordo ortográfico e destaca novas palavras e expressões que surgiram com a influência da internet e das redes sociais.
Na ala Os trilhos três monitores touchscreen mostram palavras que vieram de outros povos e foram incorporadas ao português brasileiro. Espaço Lusófono, especialmente dedicado aos professores, é composto pelo vídeo “Raiz Lusa”, no qual especialistas falam sobre a construção da língua portuguesa.
O módulo Falares Paulista mostra em uma montagem lúdica um diálogo hipotético e poético entre pessoas com sotaques característicos de 5 cidades paulistas.
Trecho de 12 poemas são projetados e os versos ganham vida em um trabalho gráfico desenvolvido especialmente para a mostra.
Vídeos que compõem o acervo da Grande Galeria do Museu da Língua Portuguesa são apresentados no módulo O Mundo da Língua. Nele o visitante termina sua viagem assistindo aos vídeos “Culinária” e “Danças”, que mostram a relação entre língua e cultura.
Toda estrutura da exposição é transportada de uma cidade a outra em caminhões, pois a Estação da Língua Portuguesa foi projetada de maneira que possa ser desmontada e novamente aberta ao público em outro município em até sete dias.
Museu em reconstrução – Em 10 anos de funcionamento, o Museu da Língua Portuguesa recebeu cerca de 4 milhões de visitantes (319 mil destes em ações educativas). Primeiro do mundo totalmente dedicado a um idioma, trouxe ao país um novo conceito museográfico, que alia tecnologia e educação. Com uma narrativa audiovisual e ambientes imersivos, permitiu aos visitantes descobrir novos aspectos do idioma, elemento fundador da cultura do país.
O Museu foi atingido por um incêndio em dezembro de 2015 e atualmente está em reconstrução. A obra está dividida em três etapas: o restauro das fachadas (concluída) e da reconstrução da cobertura do edifício, o restauro dos pátios e torreões (iniciada em setembro de 2017, agora em andamento), a obra do interior do prédio. Por último, terá início a instalação da museografia. A previsão de reabertura é 2019.
O Museu da Língua Portuguesa é uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura do Estado, concebido e realizado em parceria com a Fundação Roberto Marinho. Tem como patrocinador máster a EDP, patrocinadores Grupo Globo,Grupo Itaú e Sabesp e apoio do Governo Federal, por meio da lei federal de incentivo à cultura. O IDBrasil é a organização social responsável pela gestão do Museu.