Evento nos dias 2 e 3 de maio, em São Paulo, vai analisar os 10 anos do museu, atingido por um incêndio em dezembro, e refletir sobre caminhos possíveis para a reconstrução.
A Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, a Fundação Roberto Marinho e a organização social IDBrasil realizam, nos dias 2 e 3 de maio, o seminário Museu da Língua Portuguesa – Conquistas e Desafios.
O objetivo é analisar os resultados conquistados nos 10 anos do Museu da Língua Portuguesa, que abriu as portas ao público em 21 de março de 2006 e recebeu cerca de 4 milhões de visitantes até dezembro do ano passado, quando foi atingido por um incêndio. O encontro, que é destinado a profissionais das áreas de patrimônio e cultura, vai provocar também reflexões sobre o futuro do museu, e compartilhar diretrizes para a sua reconstrução.
“O Museu da Língua Portuguesa inaugurou um novo tipo de instituição museológica no Brasil. No momento em que nos preparamos para sua reconstrução, é importante analisar os resultados conseguidos nestes 10 anos e refletir sobre o seu futuro, para que continue sendo uma importante referência cultural no mundo lusófono”, afirma o secretário da Cultura do Estado de São Paulo, Marcelo Mattos Araujo.
“Quando o Governo do Estado de São Paulo convidou a Fundação Roberto Marinho a criar um projeto de restauro e revitalização de um dos prédios históricos mais importantes de São Paulo, a centenária Estação da Luz, pensamos em um espaço para celebrar a nossa identidade. A partir daí, avançamos para a concepção de um museu que proporcionasse ao visitante a perspectiva de que a língua não é apenas uma ferramenta para comunicação: é um valioso patrimônio imaterial que diz respeito ao que pensamos, fazemos e sonhamos. Ao realizar esse seminário, celebramos a memória do Museu da Língua Portuguesa, que se consolidou como um dos mais visitados do país e uma iniciativa ímpar no mundo da comunidade lusófona, premiado e reconhecido por sua inovação”, destaca Hugo Barreto, secretário-geral da Fundação Roberto Marinho.
Participam do seminário, que será realizado no auditório da Pinacoteca do Estado de São Paulo, profissionais envolvidos na criação e implantação do Museu, em 2006, representantes de instituições portuguesas e integrantes de equipes do atual projeto de restauro.
Dentre eles, o diretor Antonio Carlos Sartini; o secretário-geral da Fundação Roberto Marinho, Hugo Barreto; o diretor-executivo do ID Brasil, Luiz Bloch; a presidente do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, Ana Paula Laborinho; o arquiteto e coautor do projeto original do Museu, Pedro Mendes da Rocha; os curadores da Praça da Língua, José Miguel Wisnik e Arthur Nestrovsky; o diretor do programa Gulbekian de Língua e Cultura Portuguesa, Rui Vieira Nery; o presidente do Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Museus, Maria Ignez Mantovani Franco.
As inscrições para o Seminário são gratuitas e podem ser feitas no site do Museu da Língua Portuguesa: www.museudalinguaportuguesa.org.br
Convênio para reconstrução
Em janeiro de 2016, foi firmado convênio entre a Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, a Fundação Roberto Marinho e a organização social IDBrasil, com o objetivo de reconstruir o Museu da Língua Portuguesa no menor prazo possível. Com esse mesmo objetivo, em 21 de março, o Governo do Estado de São Paulo e a Fundação Roberto Marinho deram início a uma articulação junto à iniciativa privada para formar uma aliança solidária em apoio à reconstrução e restauro das áreas afetadas pelo incêndio, contemplando, também, atualizações da concepção curatorial, expográfica e do projeto de acessibilidade.
Ações emergenciais
Estão sendo realizadas ações emergenciais no Museu da Língua Portuguesa, com o objetivo de preservar o conjunto arquitetônico protegendo das chuvas e retirando os escombros para liberar os espaços para os trabalhos de restauro e recuperação. São elas: impermeabilização das lajes expostas, a instalação de sistemas de drenagem e a construção de uma sobrecobertura provisória.Também estão em andamento as negociações com a seguradora do Museu para definir o valor final da indenização, assim como a adaptação do projeto, tomando como base o projeto original desenvolvido pelo escritório dos arquitetos Pedro e Paulo Mendes da Rocha para o restauro anterior, finalizado em 2006.